Para
o nosso primeiro post, nada melhor do que iniciar pela origem da
fotografia. Antes das invenções e descobertas dos grandes Niepce e Daguerre, que
iremos falar mais adiante, outras pessoas deixaram a sua contribuição nessa
arte e ciência, reforçando a idéia de que “A fotografia é uma filha de muitos
pais”.
O
cientista árabe Alhazen viveu de 965
a 1039 DC, e passou a maior parte de sua vida no Egito. Ele
havia sido contratado pelo governante Alhakim para desenvolver um projeto impossível:
desviar o curso do rio Nilo. Se ele não conseguisse este resultado a sua
punição seria a morte e para se salvar Alhazen fingiu que estava louco por
aproximadamente vinte anos. O que o ajudou inclusive em seus estudos, pois
deste modo ele não precisaria dar satisfações sobre suas experiências a
ninguém.
Além
de descobertas em diversas áreas da matemática, geometria, astronomia, ótica, anatomia
e física, ele também deixou uma importante contribuição para a fotografia: foi
o precursor da câmera obscura.
Foi para
estudar um eclipse lunar que Ahazen criou a câmara obscura, ela consiste em uma
caixa ou uma sala com um pequeno orifício por onde entra a luz, ao atingir uma
parede interna da caixa (ou sala) forma-se uma imagem invertida. Quanto menor o
orifício, maior a nitidez da imagem formada, embora ainda assim a imagem fique
desfocada.
Com o tempo
a invenção de Alhazen foi sendo aperfeiçoada. A partir do posicionamento
correto de espelhos foi possível projetar uma imagem da maneira correta, sem
ela estar invertida e ao adicionar lentes no orifício, os raios de luz
convergiram para um mesmo local, tornando a imagem mais nítida. Para facilitar
o controle e a visualização da imagem, adicionaram objetivas e vidro despolido,
além de muitos outros mecanismos que ajudaram na evolução da câmara obscura até
os dias atuais.
Sobre esta
evolução e seus colaboradores aprofundaremos mais em matérias seguintes.
Luisa Inti Gatti
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